terça-feira, 9 de julho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem – Conto “Pausa” de Moacyr Scliar

  1. Público Alvo
8ª série/ 9º ano

  1. Objetivo
Reconhecimento da tipologia narrativa – conto e crônica – contemplando as estratégias de leitura segundo Roxane Rojo

  1. 3.      Ativação de Conhecimento de mundo e localização e/ou cópia de informação e definição de finalidades e metas da atividade de leitura
  • Nesta etapa, o aluno pesquisará notícias de jornal que lhes tenham chamado atenção (pitorescas ou chocantes)
  • De acordo com Rojo, o leitor está constantemente buscando e localizando informações relevantes para armazená-la, portanto, neste momento, o aluno começará a buscar referências para o estudo proposto.
  • Após a pesquisa dos alunos, haverá um momento para a socialização, no qual os alunos farão comentários sobre as notícias que trouxeram.
  • Ainda de acordo com as estratégias de Rojo, o professor aproveitará o momento em questão para ativar os conhecimentos de mundo dos alunos, preparando-os para a leitura do texto. (O professor fará provocação acerca das situações do cotidiano: atitudes estranhas, reações que chegam a ser animalescas e fuga da realidade)
  • Sendo a literatura a representação das atitudes humanas em todas as suas dimensões, o professor definirá as finalidades de metas da atividade de leitura, demonstrando aos alunos a diferença de conto e crônica, dando ênfase à semelhança dos gêneros e como se aproximam da vida real (fazer, aqui, uma relação com a notícia)

  1. 4.      Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades do texto; checagem de hipóteses; comparação de informações; generalização; produção de inferências locais e globais
  • Nesta etapa, o professor apresentará o texto “Pausa” de Moacyr Scliar aos alunos sem revelar o seu gênero. A primeira pergunta que poderá ser abordada é o porquê da fuga constante do personagem principal.
  • Espera-se que, aqui, o aluno levante hipóteses da pergunta proposta e revele o que entendeu das propriedades do texto: é um conto ou uma crônica?
  • Após as respostas dos alunos, o professor explicará que se trata de um conto, enfatizando as características que são próprias deste gênero.
  • Para fixar a compreensão do texto, serão propostas algumas que trabalham a interpretação no tocante à generalização bem como as inferências locais e globais.
A) Comprove com passagens do texto o cansaço inerente ao personagem principal (inferência local)
B) Observe a passagem abaixo
   "Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas"
De acordo com esse trecho, pode-se concluir que o personagem está em busca de uma vida mais serena, amena? Justifique.
C) Uma personagem que ganha destaque no início da narrativa é a mulher de Samuel. Na sua opinião, de que forma ela contribuía apara a "pausa" dele?

5.      Recuperação do contexto de produção de texto; percepção de relações de intertextualidade e interdiscursividade, percepção de outras linguagens
  • Ainda enfatizando a diferença entre conto e crônica, o professor apresentará aos alunos o autor Moacyr Scliar, gaúcho que fez percorrer sua escrita tanto no campo da crônica – escreveu, por muitos anos, crônicas no jornal "Zero Hora" de Porto Alegre e na Folha de São Paulo - como no campo do conto.
  • Após os alunos terem contato com a vida e a obra do notável autor, recuperar-se-á as notícias de jornal, mas agora no campo televisivo. O professor trabalhará a interdiscursividade trazendo os "bordões" dos apresentadores e a sequência sempre repetida desses jornais. Depois dessa interação, retomaremos o texto "Pausa" de forma a relacionar o nosso cotidiano repetitivo com o possível cotidiano repetitivo de Samuel. Será que nós também não queremos uma pausa?
  • No que se refere à intertextualidade, o professor dará como atividade de leitura complementar o texto "Passeio Noturno - Parte I" de Rubem Fonseca. Além de fixar mais uma vez as características do conto, o aluno poderá perceber a fuga semelhante do personagem deste conto com a de Samuel. Nesse momento, o professor poderá fazer uma roda de discussão.
  • Para que haja percepção de outras linguagens, o professor trabalhará como texto final a música – Cotidiano de Chico Buarque de Holanda.
  • Ainda na roda de discussão, o professor questionará aos alunos as semelhanças e diferenças do sentimento e atitudes em relação à rotina dos personagens do conto e da música (a rotina boa ou ruim)

  1. 5.      Elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas e elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos
  • Mantendo a dinâmica da roda de discussão, o professor iniciará provocações acerca dos textos lidos, destacando o cotidiano que os alunos têm levado e quais são suas fugas.
      Algumas possíveis provocações:
A)    A internet é uma fuga entre os adolescentes? E os vídeos-game?
B)     Vocês conhecem o RPG? Seria uma fuga em busca da pausa.

 que se trata de um conto, enfatizando as caracter das propriedades do texto: :to.

STEFANI EDVIRGEM DA SILVA

sábado, 15 de junho de 2013

Tava cansado de viver lá na roça
De andar só de carroça, resolvi então mudar
Vendi meu sítio, vendi vaca e galinha
E peguei tudo que eu tinha na cidade fui morar
O meu dinheiro tava num banco guardado
Veio um cara engomado disse vou te dar uma luz
Mais que depressa peguei o meu capital
Fiz um negocio legal comprei tudo em avestruz
O paladar desse bicho é aguçado
Ta no seu papo guardado o dinheiro que eu pus

Avestruz hoje eu to enrolado
Avestruz que bichinho esfomeado
Avestruz come terra e come gado
Avestruz realmente to quebrado

Pra me ajudar a tocar este negocio
Arrumei foi muito sócio veja só no que foi dar
Cabeleireira empenhou sua tesoura
Diarista a vassoura hoje vive a reclamar
Tinha um amigo que dizia ser esperto
Teve prejuízo certo hoje ta desesperado
Foi a motoca, foi a égua e a poupança
Realmente foi lambança, só deu cheque carimbado
Até o vovô que guardava um dinheirinho
Comprou quatro filhotinhos lá se foi seu ordenado

Avestruz hoje eu to enrolado
Avestruz que bichinho esfomeado
Avestruz come terra e come gado
Avestruz realmente to quebrado

Neste negócio de comprar este bichinho
Fiquei falando sozinho e agora o que fazer
Comeu o carro, foi também a camioneta
Só não foi a bicicleta pois não consegui vender
Era feliz e vivia controlado
Com a família do lado não devia pra ninguém
Na quebradeira que esse bicho me deixou
Minha mulher me abandonou e meus amigos tamém
To apertado igual um pinto no ovo
Este bicho é um estorvo, nem me fale nesse trem

Avestruz hoje eu to enrolado
Avestruz que bichinho esfomeado
Avestruz come terra e come gado
Avestruz realmente to quebrado

Avestruz, comeu até minha aposentadoria!!!

POESIA DO AVESTRUZ

Confesso!
Eu só queria um lugar onde enterrar a minha cabeça
E pedir que alguém me esqueça lá
Por alguns momentos chamados sempre...
Queria o direito de sentir a minha dor isoladamente
E depois que ela estiver pronta, se torne semente de saudade
Queria deixar minhas lágrimas rolarem
Sem que ninguém visse e tentasse me reconfortar
Que nesse choro de tristeza a dor da perda fosse se esvaindo
Até virar um canto de passarinho no amanhecer
Dentro de uma densa floresta,
Incontido, sem amarras ou prisões...
Não importa o que digam, mas hoje...Confesso!
Hoje eu só queria um lugar onde enterrar a minha cabeça
Talvez na fronha alva do meu travesseiro
E chorar o pesadelo de vê-lo partir deixando-nos sem sua alegria...

Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 08/11/2011



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Abaixo segue a situação de parendizagem produzida pelo meu grupo no encontro presencial.
Situação de aprendizagem - 6º ano
Objetivos: Desenvolvimento da competência leitora e apropriação das carcterísticas do gêñero "crônica".
Texto: Avestruz
Autor: Mário Prata
Antes da leitura  (Etapa oral)
 Para trabalhar a ativação de conhecimentos de mundo e o levantamento de hipóteses, sugerem-se as seguintes questões:
 1)      Vocês sabem o que é um avestruz?
2)      Quem já viu um avestruz? Onde viu? Como ele é?
3)      A partir do título, o que podemos esperar dessa história? O que será que esse texto vai contar?
 Nesse momento, pode-se elencar, no quadro, algumas hipóteses levantadas pelos alunos para o  momento da checagem.
Durante a leitura
 Para o trabalho de checagem de hipóteses e localização de informações:
 1º realização da leitura em voz alta, pelo professor ( nesse momento, todos os alunos estão com os textos em mãos);
2º confirmação ou retificação das hipóteses levantadas pelos alunos;
3º localização e construção do tema principal da história;
4º levantamento das palavras desconhecidas, para uma posterior busca no dicionário. Estimulação de produção de inferências do significado dos vocábulos a partir do contexto que em estão inseridos;
 5º Questões:
A partir da leitura do texto, de dos comentários do narrador, responda:
1) Como é um avestruz?
2)  Como vocês imaginam o avestruz, depois de lerem o texto?

Nesse, momento, pode-se pedir para que eles façam uma ilustração de um avestruz em uma folha de sulfite. Após a confecção dos trabalhos, fixar os desenhos em uma parede ou quadro da sala para que eles vejam os trabalhos dos colegas e concomitantemente, exibir algumas imagens de avestruzes no data-show para que os alunos possam comparar seus desenhos e observarem quem se aproximou mais da imagem do avestruz real.
 Para a produção da generalização e construção das inferências locais e globais pode-se ler novamente o texto, dessa vez, parágrafo por parágrafo, fazendo os comentários e as intervenções necessárias e ouvindo as colocações dos alunos a respeito do enredo e do conflito vivido pelo narrador.
Após a leitura
Questões ( Etapa escrita)
1)      Quem é o narrador desse texto? Ele narra em 1ª ou 3ª pessoa? Explique.
2)      Por que o narrador diz que se sente “culpado” com relação a escolha do presente pelo menino?
3)      Descreva o avestruz a partir dos comentários do narrador.
4)      Qual a forma que o narrador encontra para fazer o menino desistir do pedido?
5)      O pedido do garoto era absurdo? Por quê?
6)      E você, já fez algum pedido desse tipo a seus pais ou a algum amigo?

Para a ativação das capacidades de apreciação e réplica pode-se realizar as seguintes atividades:
1º Com o auxílio do Data-show, mostrar um pouco sobre a vida e a obra do autor Mário Prata.
2º Perguntar sobre as impressões que os alunos tiveram com a leitura do texto e sobre a linguagem utilizada pelo autor. (oralmente)
3º Ler para a sala outro texto, poema ou letra de música que estabeleça uma relação de intertextualidade com a crônica. Explicar o conceito de intertextualidade.
 Para trabalhar o conceito de gênero textual e as características do gênero crônica narrativa, poderíamos utilizar a Situação de aprendizagem 2 do caderno do aluno, volume 2, do 6º ano, como parâmetro de análise:
 Quadro de análise
Título
       “Avestruz”
        Texto 2
Autor


Ano de publicação


Local de publicação


É uma narrativa curta?


Apresenta poucas ou muitas personagens? Quem são elas?


Em quais espaços a história acontece?


Apresenta uma linguagem simples, em tom de conversa com o leitor? Explique.


Ele aborda um tema do cotidiano? Explique.




Após essa atividade coletiva, apresenta-se a leitura de outra crônica. Sugestão: Fuga, de Fernando Sabino. E pede-se para cada aluno preencher individualmente o quadro acima, no caderno. Ao final, realiza-se a sistematização das características do gênero crônica narrativa.
 Atividade produzida pelas professoras Eb Cristina P. Silva Rodrigues, Lucimara G. Pio, Sílvia M. Carvalho e Sílvia M. Buchino, no último encontro presencial do curso Melhor Gestão melhor Ensino, na cidade de Campinas